
A enófila Adriana Grasso, considerada uma das maiores especialistas em Vinhos Italianos do Brasil e membro da Accademia Italiana della Cucina, explica que o uso medicinal do vinho continuou por toda a Idade Média e foi amplamente divulgado por monastérios, hospitais e universidades. “Em 1865, Louis Pasteur, o grande cientista francês, empregou o vinho em diversas experiências, declarando que o vinho é a mais higiênica e saudável das bebidas”, conta.
A razão pela qual o vinho desperta tanto interesse é que, além de conter álcool em sua composição, contém diversas substâncias antioxidantes. Entre elas está o Resveratrol, um antioxidante natural presente nos vinhos tinto e branco que, em laboratório, tem mostrado efeitos protetores contra o câncer. Estudos associam o vinho a possíveis efeitos benéficos para evitar doenças coronarianas, respiratórias, cerebrais, digestivas e urinárias, além de anemia, diabetes e problemas nos ossos e na visão.
Para tirar todo o proveito das benesses do vinho, a enófila nos ensina que o melhor é ingeri-lo junto às refeições. “Sempre que se toma o vinho com a comida, se diminui a absorção do álcool pelo organismo. Outras substâncias existentes em sua composição e que fazem bem à saúde são absorvidas normalmente”. Adriana ainda ressalta que um homem pode consumir até 250 ml de vinho sem problemas e que o recomendado para as mulheres são 125 ml diários.